Apresentação

Gerar, disseminar e debater informações sobre RUÍDO URBANO, sob enfoque de Saúde Pública, é o objetivo principal deste Blog produzido no Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde - LabConsS da FF/UFRJ, com apoio e monitoramento técnico dos bolsistas e egressos do Grupo PET-Programa de Educação Tutorial da SESu/MEC.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Cartas sobre ruido urbano - 02/07

Casa de samba
Moro na Rua Apiacás, quase esquina com João Ramalho, perto da casa de samba Santa Clara, com som ao vivo que vai até às 4h30. Um dos donos garantiu que a acústica é de última geração, mas é possível ouvir o som a 300 m de distância. Dentro de casa, fundos para a Santa Clara, não podemos nem ouvir rádio. No mesmo local já funcionou um bar (Ôrra Meu), que deu muitos transtornos de barulho. Multado pela Sub Lapa, só não foi lacrado porque mudou para pizzaria/bar, mas não deu certo. Lá, já teve até Igreja Universal e academia de ginástica - e agora a Santa Clara.
NEIDE APARECIDA DE OLIVEIRA
Perdizes

A Prefeitura responde:
“O Psiu fiscalizou o local várias vezes. A última vistoria foi dia 3/5, com ruído dentro do permitido por lei. A casa realmente tem sistema de isolamento acústico. O som pode estar vazando por outro lugar (fundos ou janelas), chegando à casa da leitora. Nesse caso, o Psiu precisa fazer medição a partir da casa de d. Neide, com sua autorização, que pode ser dada pelo tel. 3101-3737 ou pelo e-mail psiu@prefeitura.sp.gov.br. Se constaramos irregularidade, notificaremos o estabelecimento,que, em caso de reincidência, poderá ser multado em R$ 25 mil (300 UFMs). A Sub Lapa informa que o estabelecimento tem documentação provisória de funcionamento e já está se regularizando.”
ANDREA MATARAZZO

Secretário das Subprefeituras e subprefeito da Sé

Carta 18.900
Também há exageros
Sempre fui favorável às restrições ao excesso de barulho, em defesa do direito de cada um ter, em meio ao caos da metrópole, a possibilidade de encontrar paz e tranqüilidade. O problema é que às vezes me parece que esquecemos que estamos vivendo em sociedade e a intolerância passa dos limites. Marcamos a festa de aniversário de meus filhos gêmeos num espaço que tem a dupla função de brinquedoteca e de ambiente para festas, o Espaço Brincar. Infelizmente ontem (carta do dia 12/6) a proprietária do local me ligou para cancelar a festa e devolver o valor depositado, porque o lugar recebeu muitas reclamações pelo excesso de barulho em uma das comemorações. A festa em questão ocorreu em um domingo, foi das 13 às 20 horas, e a reclamação veio de algum vizinho. Já fui a quatro festas no local, e em nenhuma delas o barulho sequer se aproximou do ruído causado por dezenas de outros bufês. Em decorrência da multa aplicada por truculentos funcionários (no meio da festa, diga-se de passagem), a dona achou ‘mais prudente’ cancelar as festas já programadas, inclusive a dos meus filhos. Deixo aqui registrado o meu repúdio ao tipo de ser humano que se revolta a ponto de ligar para um órgão público reclamando de uma festa infantil que terminou antes mesmo do sol se pôr. O resultado desse gesto pode levar um espaço de grande valor educacional a fechar as portas.
VLADIMIR A. BROWN
Sumaré


Fonte: O Estado de São Paulo - 02/07/06

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