A poluição sonora pode desencadear um estresse degenerativo, provocando desde surdez irreversível até insanidade mental, dentre outras doenças. |
A exposição a sons intensos é a segunda causa mais comum de deficiência auditiva. Muito se pode fazer para prevenir a perda auditiva induzida por ruído, mas pouco pode ser feito para reverter os danos que ela causa. Normalmente, a deficiência auditiva não equivale a um “tudo ou nada”, de modo que o indivíduo escuta de acordo com o seu resíduo auditivo. Da mesma forma que a deficiência visual, a deficiência auditiva também apresenta graus e tipos de perda que irão caracterizar individualmente o modo de tratamento e as soluções indicadas pelos médicos. A deficiência auditiva atinge milhões de pessoas devido a uma série de fatores, tais como: hereditariedade, acidentes, traumas, doenças e envelhecimento do organismo, entre outros.
Sintomas sutis
O otorrinolaringologista Rogério Hammerschimdt afirma que um indivíduo não pode permanecer em um ambiente com atividade sonora de 85 decibéis de intensidade por mais de 8 horas. Esse tempo cai para 4 horas em lugares com 90 decibéis; duas horas em locais com 95 decibéis e uma hora quando a intensidade passa de 100 decibéis. O especialista alerta que é necessária a conscientização das pessoas que trabalham ou freqüentam locais barulhentos. “Algumas coisas podem parecer sem importância, mas acarretam conseqüências desastrosas para toda a vida”, alerta o médico.
Ao contrário do que muitos imaginam, a exposição a sons intensos não atinge somente profissionais que trabalham em locais com elevado nível de ruído, como indústrias ou aeroportos, mas pode acontecer numa variedade de situações que são muito freqüentes no dia-a-dia da maioria das pessoas (ver quadro). “Os sintomas iniciais da perda auditiva induzida por ruído são sutis, começando, na maioria dos casos, pelas freqüências agudas”, explica Hammerschimdt. Conseqüentemente, muitos indivíduos não percebem essa perda auditiva, pois todas as outras freqüências sonoras estão dentro da normalidade, e continuam se expondo por falta de orientação ou conhecimento.
Dependendo do período de exposição, sons de intensidades superiores a 85 decibéis podem causar dupla perversidade, pois ao mesmo tempo em que comprometem a capacidade auditiva para sons ambientais, podem causar um distúrbio contínuo e muito incômodo: o zumbido. O som nocivo (poluição sonora) pode acarretar conseqüências severas à qualidade de vida da população, afetando a saúde do indivíduo e conturbando as relações sociais. As repercussões são de ordem individual e coletiva.
Tudo faz barulho
A exposição aos sons intensos ocorre com mais freqüência do que se imagina. Alguns estudos mostram que a chance de um indivíduo desenvolver perda auditiva quando exposto a ruídos de 90 decibéis (dB) durante 40 anos é de 25%. Isso sem levar em consideração que apenas um único som acima de 100dB pode lesar irreversivelmente as células sensoriais de pessoas suscetíveis. Essa intensidade sonora é facilmente atingida em cinemas, danceterias, shows musicais ou comemorações com fogos de artifício, entre outros.
Avião a jato durante a decolagem - 130-140 decibéis.
Arma de fogo - 130-140 decibéis.
Show de rock - 110 decibéis.
Serra elétrica - 100-105 decibéis.
Tráfego pesado - 80 decibéis.
Automóvel passando a 20 metros - 70 decibéis.
Bate-papo a 1 metro - 60 decibéis.
Sala silenciosa - 50 decibéis.
Área residencial à noite - 40 decibéis.
Falar sussurrando - 20 decibéis.
Fonte: Paraná Online - 19/09/07
Um comentário:
Passei numa loja bem bacana em Higienopolis, no prédio do meu médico. Eles fazem um teste de audição numa cabine bem moderna.
O nome da loja é Ouça Bem. O teste é gratuito. Minha audição? O que? Heinn?
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