Apresentação

Gerar, disseminar e debater informações sobre RUÍDO URBANO, sob enfoque de Saúde Pública, é o objetivo principal deste Blog produzido no Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde - LabConsS da FF/UFRJ, com apoio e monitoramento técnico dos bolsistas e egressos do Grupo PET-Programa de Educação Tutorial da SESu/MEC.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Poluição sonora causa deficiência auditiva


A poluição sonora pode desencadear um estresse degenerativo, provocando
desde surdez irreversível até insanidade mental, dentre outras doenças.



Se você esteve em algum ambiente em que houve a necessidade de gritar para se fazer ouvir, se você sente zumbidos ou tem a sensação de diminuição na audição após uma demasiada exposição sonora, a Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia (SBORL) recomenda que procure um médico otorrinolaringologista para avaliação e acompanhamento de sua saúde auditiva. Foi o que fez o borracheiro Valdecir Bastos Santos, que agora não descarta o protetor auricular e o abafador de ruídos. Ele teve uma importante perda de audição no ouvido esquerdo e teve que se acostumar com a proteção. “É melhor se sentir incomodado do que ficar surdo”, ensina. Os médicos concordam: se submeter a um barulho muito alto por vários anos, em longo prazo pode deixar a pessoa incapacitada para o resto da vida.

A exposição a sons intensos é a segunda causa mais comum de deficiência auditiva. Muito se pode fazer para prevenir a perda auditiva induzida por ruído, mas pouco pode ser feito para reverter os danos que ela causa. Normalmente, a deficiência auditiva não equivale a um “tudo ou nada”, de modo que o indivíduo escuta de acordo com o seu resíduo auditivo. Da mesma forma que a deficiência visual, a deficiência auditiva também apresenta graus e tipos de perda que irão caracterizar individualmente o modo de tratamento e as soluções indicadas pelos médicos. A deficiência auditiva atinge milhões de pessoas devido a uma série de fatores, tais como: hereditariedade, acidentes, traumas, doenças e envelhecimento do organismo, entre outros.

Sintomas sutis

O otorrinolaringologista Rogério Hammerschimdt afirma que um indivíduo não pode permanecer em um ambiente com atividade sonora de 85 decibéis de intensidade por mais de 8 horas. Esse tempo cai para 4 horas em lugares com 90 decibéis; duas horas em locais com 95 decibéis e uma hora quando a intensidade passa de 100 decibéis. O especialista alerta que é necessária a conscientização das pessoas que trabalham ou freqüentam locais barulhentos. “Algumas coisas podem parecer sem importância, mas acarretam conseqüências desastrosas para toda a vida”, alerta o médico.

Ao contrário do que muitos imaginam, a exposição a sons intensos não atinge somente profissionais que trabalham em locais com elevado nível de ruído, como indústrias ou aeroportos, mas pode acontecer numa variedade de situações que são muito freqüentes no dia-a-dia da maioria das pessoas (ver quadro). “Os sintomas iniciais da perda auditiva induzida por ruído são sutis, começando, na maioria dos casos, pelas freqüências agudas”, explica Hammerschimdt. Conseqüentemente, muitos indivíduos não percebem essa perda auditiva, pois todas as outras freqüências sonoras estão dentro da normalidade, e continuam se expondo por falta de orientação ou conhecimento.

Dependendo do período de exposição, sons de intensidades superiores a 85 decibéis podem causar dupla perversidade, pois ao mesmo tempo em que comprometem a capacidade auditiva para sons ambientais, podem causar um distúrbio contínuo e muito incômodo: o zumbido. O som nocivo (poluição sonora) pode acarretar conseqüências severas à qualidade de vida da população, afetando a saúde do indivíduo e conturbando as relações sociais. As repercussões são de ordem individual e coletiva.

Tudo faz barulho

A exposição aos sons intensos ocorre com mais freqüência do que se imagina. Alguns estudos mostram que a chance de um indivíduo desenvolver perda auditiva quando exposto a ruídos de 90 decibéis (dB) durante 40 anos é de 25%. Isso sem levar em consideração que apenas um único som acima de 100dB pode lesar irreversivelmente as células sensoriais de pessoas suscetíveis. Essa intensidade sonora é facilmente atingida em cinemas, danceterias, shows musicais ou comemorações com fogos de artifício, entre outros.

Avião a jato durante a decolagem - 130-140 decibéis.

Arma de fogo - 130-140 decibéis.

Show de rock - 110 decibéis.

Serra elétrica - 100-105 decibéis.

Tráfego pesado - 80 decibéis.

Automóvel passando a 20 metros - 70 decibéis.

Bate-papo a 1 metro - 60 decibéis.

Sala silenciosa - 50 decibéis.

Área residencial à noite - 40 decibéis.

Falar sussurrando - 20 decibéis.

Fonte: Paraná Online - 19/09/07

Prefeitura multa lojas no Centro de Curitiba por poluição sonora

A Prefeitura de Curitiba multou quatro lojas no centro da cidade por poluição sonora. Além das multas, R$ 1.500,00 para cada estabelecimento, outros 20 foram notificados e devem cumprir o limite permitido pela legislação municipal, que determina volume sonoro abaixo de 65 decibéis para a região central.

As multas e notificações foram feitas por fiscais da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Secretaria Municipal do Urbanismo, em operação concentrada durante a semana passada na Rua XV de Novembro e entorno. Quatro equipes percorreram a área comercial, desde as Praças Osório e Rui Barbosa até a região da Catedral.

Os estabelecimentos multados e notificados usavam equipamentos sonoros com volume acima do permitido e caixas acústicas voltadas para a rua, na tentativa de chamar a atenção do consumidor. “O objetivo é mostrar aos comerciantes que a lei estabelece limites para uso de som”, disse o superintendente da Secretaria do Meio Ambiente, Mário Sérgio Rasera.

Fonte: Paraná Online - 17/09/07

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Camelôs irregulares enfrentam PM ao tentar reabrir feira no Brás

Ambulantes reivindicam licença e reabertura da "feirinha da madrugada"

DA REPORTAGEM LOCAL

Camelôs irregulares -sem o TPU (Termo de Permissão de Uso) da prefeitura para trabalhar- que tentavam reabrir a "feirinha da madrugada" entraram em confronto com a Polícia Militar às 4h de ontem no Brás, centro de São Paulo.
Há dez dias, a Suprefeitura da Mooca vetou a feira, que existe desde 2004, por entender que ela prejudica o sono dos vizinhos -começa às 3h e termina às 7h. Além disso, afirma que seus produtos são piratas.
Os ambulantes protestavam contra a decisão da prefeitura de suspender por um ano a emissão de novos TPUs para ambulantes e o fim da feira.
Atualmente, mais de 500 ambulantes com TPU trabalham no local das 8h às 18h. Outros 3.000 pleiteiam a autorização.
Armados com paus e pedras, 300 ambulantes irregulares, segundo cálculo da PM, ou 1.800, de acordo com o sindicato dos camelôs, enfrentaram 150 policiais, depredaram 14 lojas e incendiaram outros dois comércios na rua Oriente.
Os PMs revidaram com bombas de gás pimenta e balas de borracha. Ninguém se feriu. Sete pessoas presas foram liberadas. Por questão de segurança, foram suspensos por cinco dias a contar de amanhã todos os TPUs de ambulantes.

Fonte: www.folha.com.br/fsp - Sexta-feira, 31 de agosto de 2007.

Carro que polui vai ser reprovado em vistoria

Todos os postos do Detran passarão a fazer, a partir de janeiro do ano que vem, a inspeção veicular de gases
Daniel Engelbrecht

A partir de 1ode janeiro, veículos que estiverem emitindo mais poluentes do que o tolerável serão reprovados na vistoria de licenciamento anual do Detran. O órgão também passará a medir, em caráter experimental, o nível de ruído proveniente de carros, caminhões e ônibus. Esse teste também poderá ser fator de reprovação a partir de 2009.

Segundo o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, as medidas são necessárias para evitar que o Rio tenha que implantar num futuro próximo o rodízio de carros, como São Paulo, em função do aumento de sua frota. Como mostrou ontem O GLOBO, a cada mês cerca de 5.500 novos veículos são registrados no município.
Em julho, o Rio atingiu, segundo o Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), a soma de 2.025.928 veículos, a grande maioria (1.640.600) carros de passeio.

O Detran calcula que 80% desse total estejam em condições de circulação. A expansão da frota levou ao aumento das emissões de CO2 em 16% nos últimos cinco anos, segundo um estudo realizado pela ONG Iniciativa Verde.

— Durante a década de 90, o Rio adotou três medidas que evitaram a necessidade de um sistema de rodízio de automóveis.

Foram elas a aprovação do uso do gás natural veicular (GNV), a retirada do chumbo da gasolina e a implantação da vistoria anual, em 1996, que ajudaram a conter a emissão de poluentes. Com o crescimento do número de veículos, no entanto, não podemos ficar só nisso — afirma Minc.

A inspeção veicular de gases já é realizada no posto Correa Dutra, no Catete, mas só reprova ônibus, caminhões e táxis.

Carros de passeio que estão emitindo mais poluentes do que o aceitável são apenas orientados a corrigir o problema. Segundo o presidente do Detran, Antonio Francisco Neto, o teste passará a ser realizado, ano que vem, em todos os postos.


Fonte: Jornal O Globo - 04/09/07

Culto ainda sem aval de bombeiros

Mesmo sem ter ainda autorização do Corpo de Bombeiros para realizar o evento, a Igreja Universal do Reino de Deus distribuiu ontem, em ônibus, trens, estações de metrô e nas ruas da cidade, panfletos convidando para a Vigília da Paz no Rio, prevista para acontecer dia 7 de setembro, a partir das 21 h, na Enseada de Botafogo. Anunciada como a “maior sessão de descarrego do mundo”, a reunião de fiéis tem preocupado a Associação de Moradores de Botafogo, que entrou com representação no Ministério Público para tentar cancelá-la.
— O evento vai começar na hora em que as pessoas se preparam para dormir e só terminará na manhã seguinte.
Se a igreja tem uma catedral enorme, por que não faz o descarrego lá? — diz Regina Chiaradia, presidente da associação.

O Ministério Público ainda não se pronunciou e o Corpo de Bombeiros aguarda que a igreja entregue mais documentos para concluir sua análise. O evento, segundo a propaganda, é “em favor de quem sofre com vícios, doenças, problemas financeiros e sentimentais”, e irá desfazer “obras de feitiçaria e inveja”.

Ele foi autorizado pelo prefeito Cesar Maia.


Fonte: Jornal O Globo - 04/09/07